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O Que Este Poeta Está Lendo?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Medo

Minha aflição enraizou-se, e agora,
Está no mais fundo de minh’alma,
Depois de tudo, já não vejo futuro,
Obliterada foi, toda a esperança.

25 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Família

Malditos os olhos que me observam.
Malditos os ouvidos que me ouvem.
Malditas as bocas com que interajo.
Malditas as mãos que me tocam.
Malditos os corpos a que toco.
Maldito ambiente em que convivemos.
Maldito pão que partimos.
Malditos falsos sorrisos.
Maldita falsa liberdade.
Maldita falsa tolerância.
Maldito falso respeito.
Maldita hipocrisia que mesmo entre momentos de ódio,
Apertam-se as mãos para se desejar felicidades,
Pelas malditas festas do calendário.
Maldita crença que não pratica o que professa.
Malditos complexos e questões internas,
Oriundos destes malditos relacionamentos.
Maldita a dependência que está presente.
Maldita necessidade de interdependência.
Maldito Mamon que mora nos corações.
Malditos corações vazios.
Malditos espíritos vazios.
Malditas mentes vazias.
Maldito vazio de existências.
Maldita presença aqui e agora.
Malditos versos escritos.
Maldito o autor destes versos.

22 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

domingo, 20 de novembro de 2011

Aflição

Com a proximidade da manhã, contemplar a aurora,
No horizonte ao leste, torna-se mais iminente.
E com ela todo o medo do desconhecido,
De um futuro desconhecido que me põe a prova.
Poderá este dia definir meu futuro?
Poderá este dia definir minha vida?
Poderá este dia definir quem serei eu?
Estou aterrorizado e tomado de horror,
Se neste dia, eu em minhas ações fracassar,
Meu futuro estará perdido?
Minha vida estará perdida?
Estarei eu perdido?
Estará tudo perdido?
Em minha mente agora, não contemplo,
As respostas que quero ou que preciso.
Angustia, peso, medo, insegurança,
Agora é o que mais me faz companhia.
As horas estão passando, está vindo...

20 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Questões

Por que tenho eu que me relacionar?
Por que tenho eu que abandonar a solidão?
Por que não posso ser como Zaratustra?
Por que não posso ser eremita com minha águia e minha serpente?
Por que é necessária está agonia e este tormento
Unicamente para livrar-me de complexos internos?
Por que sair por entre ruas perigosas, se tudo,
Que encontrarei será a mais profunda miséria humana?
Por que preciso querer um ombro amigo?
Por que preciso querer um abraço e um beijo?
Por que preciso querer conforto do exterior
Para dores e traumas de meu interior?
Por que preciso querer estar entre um par de coxas?
Por que preciso que meu corpo tenha necessidades?
Por que preciso que meu coração tenha necessidades?
Por que preciso aliviar tão grandes tensões,
E descarregar tantas energias reprimidas?
Por que preciso sonhar com amor?
Por que preciso querer ser amado?
Alguém neste mundo desumano sabe amar?
Por que tenho que sonhar que algo macio,
Cálido e confortante me encontre?
Por que preciso sonhar e gostar disto?
Por que preciso querer algo ou alguém?
Por que não posso ser diferente?
Por que não consigo que nada me satisfaça?
Por que ao menos não posso estar livre de juízes?
Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?
Não me é permitido querer a morte?

13 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

domingo, 13 de novembro de 2011

Dor De Cabeça

Cercam-me a mente e fecham todos os meus caminhos,
Escurecem minha visão com um manto negro,
Fecham os ouvidos de meu coração, e de minha alma,
As suas torturas são tudo que me deixam ouvir,
Longas horas de tormento seguem-se onde as Dores
Esmagam-me os sentidos, e sufocam-me a fala,
Imposto sobre mim está o reinado do Horror, e nada mais,
Anseio agora, senão que a morte venha e que a tudo termine.

12 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

Hipócrita

De novo escrevo sobre ti, que perda de tempo,
Asco, nojo, repulsa, são pouco para se referir a ti.
Não te quero em minha vida, nem em meus pensamentos,
Insuportável em tudo tu te tornaste a qualquer um.
Encaminha-se a um aterro sanitário e contemple o que tu és,
Logo, enterra-se junto do que é, e ai apodreça até a morte.

12 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Noite Insuportável

A noite é carregada de tristeza,
O ar quente e abafado não permite
Sequer uma brisa que refrigere,
O céu tomado de um especo manto cinza,
Não permite a luz amigável da senhora Lua
Dominar com teu conforto meu coração,
Em meio a este deserto urbano
Está alma foi deixada e esquecida,
Para que aqui, morra sozinha.

11 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Saudades

Para Stella Marys
Como é impressionante o que o passar do tempo
Produz em nossos corações, nossas mentes, e nossas vidas.
Éramos crianças, apesar de quatro anos nos separarem,
Isso se veio, 15 anos atrás, e isso se foi.
Brincávamos e brigávamos, Corríamos e pulávamos,
Sorriamos e convivíamos, vivemos por três anos.
Vivemos então vocês partiram.
Vocês partiram e não mandaram noticias, nunca.
Hoje depois de tantas transformações nos falamos de novo,
Quero do fundo de meu coração
Que o teu esteja repleto de paz, alegria desta nova fase,
Mas acima de tudo, esteja repleto de Amor.
E que dele advenha-se todo o Balsamo que necessite.

07 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

Fardo

De nada adiantará tuas duas faces,
Apenas que menos estima sinta por ti,
Nulidade absoluta de significados e
Insignificância de existência tu és,
Enxergue-se verdadeiramente, tira as mascaras,
Lança-as fora, ou então, a ti mesmo ao fogo.

07 de Novembro de 2011
O Filho Perdido

Banquete

O frescor de teu Corpo Quente
Em meus frios e putrefatos lábios;
O mastigar tua carne ainda firme e fibrosa,
Roer teus ossos, degustar teus órgãos,
E teu coração ainda pulsante,
Por fim deliciar todo o frescor
De teu sublime e delicioso cérebro.
Não há prazer que se compare,
Nesta não vida, deste não morto.

06 de Novembro de 2011
O Filho Perdido