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O Que Este Poeta Está Lendo?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Noite Da Alma

Para Chloe
Numa cálida noite enluarada
A Corsa busca saciar
Sua sede junto à lagoa,
Ao derredor
A Amazona Rainha
Ávida por sua caça
Espera e espreita,
Nuvens obscuras,
Toma de trevas o firmamento,
Ocultando o luar prateado,
Tomadas de pavor
As criaturas ao redor fogem,
Mas a Corsa,
Encontra-se paralisada,
Presa e Predadora,
Caça e Caçadora,
Agora sozinhos no bosque
Cruzam os olhares,
A Amazona prepara sua flecha
A Corsa sente-se seduzida e aterrorizada,
Mas fica paralisada,
Imóvel,
A flecha é disparada
E transpassa
As duas coxas da Corsa,
Que agora, livre,
Da paralisia pela Dor
Debate-se em agonia,
Enlaçando sua Presa,
A Amazona monta
Sobre seu corpo,
Dominando-a, drenando suas forças,
Enfraquecida a Corsa desiste da luta,
A Rainha agora
Sente-se satisfeita
Pelo prazer da conquista,
Suave lamina,
Abre fendas
Nos membros da Corsa,
A Caçadora recolhe
O Sangue corrente em seu Cálice,
Depois lhe retira a pele,
E por fim,
Abre-lhe o peito,
Ainda respiram-te,
Com ofegância,
A Corsa encara a Amazona,
Que a fita de volta com seu olhar,
Uma Lágrima mútua é derramada,
E a Corsa tem seu coração
Arrancado pela Amazona,
Que o devora, e bebe o sangue no cálice.
Então a Amazona,
Oferta sua presa
Entregando-a para Gaia,
Agora, com a benção da grande Mãe,
A Rainha segue seu caminho de reinado,
E a Corsa jaz em paz.

18 de Agosto de 2011
O Filho Perdido