Se a esperança for entrada,
A existência será significada,
Ainda que numa ilusão,
De muitas e grandes mentiras,
Levando-nos a danação,
Plena das nossas alegrias.
Não se encontrará verdade,
Sem profunda desumanidade,
E um caminho de egoísmo,
E o prazer de muito cinismo,
Paras as grandes alegrias,
De alheias feridas.
Se o mundo é vazio,
Só vejo múltiplos espelhos,
Do que de mim é um rio,
Mesmo que dobre os joelhos,
A terra os irá despedaçar,
Antes de a nós todos tragar.
Não se iluda em crer,
Pois nem chegará a ser,
E ainda que na vida batalhe,
Nunca terá o que lhe cabe,
Só verá ervas e ratos,
Por todos os lados.
E por mais que se corte,
Ou de muita dor grite,
Estamos sempre juntos,
Em muitos e cruéis conluios,
Como é cego nunca vê,
Que eu sou apenas você.
10 de Janeiro de 2014
O Filho Perdido
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