Para onde foi à luz do luar,
Que aos meus passos guiava,
Por macios gramados verdes e floridos?
Por que ao caminho já não mais enxergo?
Apenas a face do sofrimento,
Torna-se visível a estes cegos olhos,
Ó malditos espinhos que perfuram,
Rasgam e dilaceram os ligamentos,
Desta exausta carne.
Ó malditos pensamentos que só fazem atormentar,
Esta desesperada mente,
Ó malditos sentimentos que quebram este coração,
Maldita angustia que me tira toda a força,
Maldita fraqueza em que me prendo,
Ó maldito medo, amaldiçoado seja.
Miserável criatura que sou,
Que não carrega, mas é carregado.
Que não ajuda, mas é ajudado.
Que não produz, mas faz us.
Como curar-me? Como livrar-me? Como mudar-me?
Novembro de 2009
O Filho Perdido
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